O que é o Wi-Fi 6 e quais as vantagens da conexão 6 GHz

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Com o passar dos anos, a tecnologia avança, e cada vez mais aparelhos inteligentes estão integrados à rede doméstica de internet. Enquanto a demanda aumenta, as empresas de tecnologia se interessam mais em atualizar os formatos de rede sem fio.

Quanto mais modernos e rápidos os dispositivos se tornam, mais urgente é a necessidade de aumentar a capacidade da entrega de dados. Por isso, foi criada uma nova geração de rede sem fio, o Wi-Fi 6.

Em 2021, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) definiu que a frequência de 6 GHz será usada exclusivamente para o Wi-Fi 6E (de “extended”, ou, estendido, em livre tradução), ou, o “super-wifi”.

O que é o Wi-Fi 6E ou Wi-fi 6 GHz?

O super Wi-Fi 6 é sinônimo de última tecnologia em conexão sem fio, e permite o desenvolvimento de roteadores mais eficientes, oferecendo sinal mais rápido e estável para consumidores domésticos ou empresas. Também permite a expansão de recursos de realidade virtual e aumentada para smartphones e computadores.

Esse padrão de rede sem fio contempla equipamentos que operam na faixa de 5.925 MHz a 7.125 MHz, e modificou o Ato nº 14.448/2017, responsável por estabelecer os requisitos técnicos de equipamentos de radiocomunicação de radiação restrita.

Antes, os dispositivos Wi-Fi existentes operavam em duas bandas de espectro, o 2,4 GHz e 5 GHz. O Wi-Fi 6E adicionou uma terceira banda (6 GHz), praticamente quadruplicando a quantidade total de ondas usadas para a conexão sem fio convencional.

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Quais são as vantagens do Wi-Fi 6

As vantagens do Wi-Fi 6 são muitas, já que ele foi desenvolvido para dividir os canais de comunicação de rede, diminuir o tempo de atraso (latência) na hora do compartilhamento de dados, aumentar a transferência de informações, e até para suportar criptografias mais avançadas (como a WPA3).

Diminuição da latência

A divisão de canais de rede sem fio é importante para diminuir a latência, sendo uma das principais vantagens do Wi-Fi 6. Isso significa que, quando dois dispositivos ou mais estão utilizando a mesma rede, mas reproduzindo tarefas que exigem eficiência diferente, a tecnologia detecta as necessidades de dados de cada um, atuando para resolver o congestionamento.

Com isso, se uma pessoa usa o Wi-Fi para acessar o Instagram, enquanto outra assiste a um filme em qualidade 4k, cada dispositivo exige um volume diferente de transmissão de dados. O Wi-Fi 6 atua evitando o comprometimento de ambas as tarefas ao mesmo tempo, para que nenhum dos usuários tenha a sua experiência na internet prejudicada.

Economia de energia

O upgrade da tecnologia, por mais que adicione novos recursos, não exige mais energia para funcionar: pelo contrário, o Wi-Fi 6 foi pensado para ser mais econômico. Com isso, quando seu celular equipado com a tecnologia se conectar a um roteador compatível, o consumo de bateria decorrente do uso de internet será reduzido.

Isso é possível graças ao recurso chamado “Target Wake Time”, que permite que os roteadores programem horários de verificação de status dos dispositivos.

Mais velocidade

O Wi-Fi 6 pode chegar a uma velocidade de até 9,6 Gbps, de acordo com a Huawei. Para se ter uma ideia, a atual geração chega a 3,5 Gbps.

É quase impossível atingirmos a velocidade de 9,6 Gbps no dia a dia, porém, esse valor não precisa ir para um único dispositivo: podem ser divididos por toda a rede. Com isso, teremos um potencial de velocidade maior para cada aparelho conectado à rede.

Mais dispositivos conectados

O novo padrão se baseia na premissa de que cada vez mais dispositivos estarão conectados a um único roteador. Por isso, o Wi-Fi 6 foi pensado para gerenciar melhor múltiplas conexões, criando menos gargalos e tornando seu uso mais eficiente.

A expectativa é de que essas redes consigam lidar até com oito dispositivos conectados de forma simultânea, sem perder a velocidade em nenhum deles. Hoje em dia, os pontos de acesso Wi-Fi precisam dividir a largura de banda entre os múltiplos usuários, o que não será mais necessário com o Wi-Fi 6.

Segurança

O Wi-Fi 6 também é mais seguro, já que, para serem comercializados, além do suporte para recursos específicos, como OFDMA, MU-MIMO, beamforming, 1024-QAM e Target Wake Time, os roteadores precisam oferecer suporte à criptografia WPA3. Caso contrário, não serão certificados pela Wi-Fi Alliance.

A criptografia WPA3 dificulta que os roteadores sejam hackeados, uma prática que vem se popularizando nos últimos tempos, principalmente porque o padrão Wi-Fi atual não exige essa camada de segurança.

Menor interferência no sinal

Roteadores com tecnologia Wi-Fi 6 apresentam recursos como a assinatura BSS Color, que diminui as chances de outros aparelhos interferirem no sinal do Wi-Fi.

Pessoa segurando um smartphone ao lado de um roteador e notebook na mesa
(Imagem: Getty Images)

Quais dispositivos oferecem Wi-Fi 6?

Para que um dispositivo ofereça tal tecnologia, as fabricantes precisam adicionar os devidos componentes de hardware. Desta forma, o sinal do roteador Wi-Fi 6 será reconhecido pelo dispositivo com tecnologia de sexta geração e haverá a transmissão de dados.

O Wi-Fi 6 faz uso de duas tecnologias principais: MU-MIMO e OFDMA.

O MU-MIMO (Multi-Usuário, Entrada Múltipla, Saída Múltipla) já é encontrado em roteadores e dispositivos modernos, e também funciona como função-chave do Wi-Fi 6. É através dessa tecnologia que um roteador se comunica com vários dispositivos de forma simultânea. 

A diferença entre os roteadores atuais e a próxima geração é que o MU-MIMO no Wi-Fi 6 permitirá comunicar com até oito dispositivos ao mesmo tempo (hoje são apenas quatro).

A outra tecnologia, chamada de OFDMA (Acesso Múltiplo por Divisão de Frequência Ortogonal), permite transmitir dados para vários dispositivos de uma só vez.

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