Meu Filho, Nosso Mundo: filme sobre autismo promete emocionar os corações mais gelados

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Fui assistir ao filme Meu Filho, Nosso Mundo sem esperar nada. Cheguei na sala de cinema sem saber nem a sinopse (isso por uma falha de comunicação no trabalho) e posso dizer que fui surpreendida positivamente. Com boas interpretações, texto convincente e uma premissa comovente, o longa é simples, mas muito bem executado.

Em Meu Filho, Nosso Mundo, somos apresentados logo de cara ao pré-adolescente Ezra, que diagnosticado com autismo, é expulso da escola por “perturbar” as aulas.

Em uma conversa com o pediatra, os pais Max e Jenna (interpretados por Bobby Cannavale e Rose Byrne, respectivamente) são aconselhados a investirem em uma educação especial para o filho, além de iniciar tratamento psiquiátrico.

Enquanto Jenna fica inclinada a começar o tratamento, Max discorda com a justificativa de que o filho deve conviver com as crianças não neurodivergentes para aprender a se defender e não se sentir excluído ou diferente dos demais.

Meu Filho, Nosso MundoMeu Filho, Nosso Mundo já está nos cinemas e promete emocionar

É ai que ele decide tomar a decisão mais impulsiva possível: “sequestra” o filho da casa de Jenna e o leva para uma viagem pelos Estados Unidos.

A decisão, nesse caso, foi mais uma necessidade de controle sobre a situação, já que Max vinha lidando com situações que o deixavam de mãos atadas: seu divórcio com Jenna, os fracassos profissionais e a rotina de casa com o seu pai, interpretado por Robert De Niro.

A partir daí acompanhamos a viagem de Max e Ezra, entre os altos e baixos da dupla e, principalmente, a jornada de amadurecimento pessoal e familiar dos dois.

Apesar de não estar recebendo uma ampla divulgação no Brasil, o longa se apoia em um grande atrativo: o elenco. Além do trio adulto principal, a produção também conta com nomes famosos da indústria, incluindo Vera Farmiga, Rainn Wilson e até a comediante Whoopi Goldberg, que não aparecia nas telonas há tempos.

ponto alto do filme está na relação entre Max e Ezra, mas, principalmente, no desenvolvimento do pai. Eu, particularmente, sou fã de roteiros que não ficam tentando abrandar as atitudes do herói ao longo do filme. Isso porque pessoas da vida real nem sempre tomam atitudes consideradas heroicas ou admiráveis em nome das daqueles que amam.

É o que acontece aqui. As escolhas de Max são questionáveis e suas atitudes geram até certa aversão, mas tudo fica mais comovente quando percebemos que ele falha diversas vezes, apenas tentando acertar com o filho.

Por outro lado, a viagem traz uma nova perspectiva para Max sobre o seu relacionamento com o próprio pai, dinâmica que, infelizmente, parece bem jogada e pouco aprofundada na história – por mais que tente parecer que não.

Como disse no início, cheguei na sala de cinema sem saber o mínimo do longa. Estressada pelo mal-entendido e pelo quebra-clima (eu esperava assistir a um terror sobre alienígenas do mau), Meu Filho, Nosso Mundo conseguiu quebrar o gelo do meu coração.

Meu Filho, Nosso Mundo já está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.

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